Outro dia me trataram mal e chorei, chorei, assim, de súbito, fui engolida por lágrimas e uma sensação dolorida, me senti machucada. Isso seria inimaginável há alguns anos, quando a diretriz da minha vida era o Rocky Balboa dizendo que não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. Era assim que me guiava nas pequenas e grandes dimensões, nos planos de curto e longo prazo, tudo girava em torno de suportar, de ser dura o suficiente para levar pancada e não quebrar, e manter-se em estado de guerra. Então, se alguém me tratasse mal, não doeria nada, não faria um arranhão sequer, porque já havia aguentado coisas piores e a resposta seria suportar, não espedaçar. Nessa lógica perdi a noção dos limites, lidei com agressão física como banalidade, porque pensava que se aguentei apanhar no corpo, nada poderia me alcançar no mundo das palavras.
Ananda, eu me reconheço tanto nessa tua escrita estranha e visceral que possivelmente escreveria algo semelhante. Embora sempre posta nesse lugar da força, e bem ensinada pela vida que tive, trato minha sensibilidade como uma jóia preciosa nessa caixinha do meu ser.
Reconheço a expressão "engole o choro" e segue adiante. Eu tb me senti acolhida c esse texto, cheio de sensibilidade, acolhimento e esperança. Parabéns, Ananda!
Ananda, eu me reconheço tanto nessa tua escrita estranha e visceral que possivelmente escreveria algo semelhante. Embora sempre posta nesse lugar da força, e bem ensinada pela vida que tive, trato minha sensibilidade como uma jóia preciosa nessa caixinha do meu ser.
Impactada com sua escrita frankenstein, Ananda, mas também me reconhecendo!
Reconheço a expressão "engole o choro" e segue adiante. Eu tb me senti acolhida c esse texto, cheio de sensibilidade, acolhimento e esperança. Parabéns, Ananda!
Me senti abraçada com esse texto. Excelente texto