O ano era 1999, na virada do século uma menina enrola a barbie novinha em folha com fita veda rosca, aquela de vedar vazamento d’água em torneiras e canos. Depois de enrolar desde o pé em pontas de bailarina até o último fio de cabelo loiro platinado e liso, ela sobe na cama e em algumas tentativas consegue jogar o corpo da boneca lá em cima do guarda-roupa, é onde moram as teias de aranha, que com sorte vão tomar de conta do pacote e em poucas semanas ela terá o que deseja: uma barbie múmia.
Assustador, demais! Também nos contos que escrevo, a boneca Lila às vezes se personifica, nina a assustada protagonista ou lhe conta histórias.